"-mais alguma coisa que você gostaria de falar?"
Aí as comportas se abriram e em segundos minha cara ficou molhada, o nariz entupido , os olhos vermelhos.....chorei. Muito, incontrolavelmente.
Tentei inutilmente conter meu "dilúvio lagrimal" .O médico me estendeu um lençinho. Achei aquilo tão singelo que me emocionei e chorei mais ainda.
Que coisa!Por que é tão difícil falar dos nossos problemas sem chorar tanto? Será que é auto-piedade? Que nada. Acho que é porque nós guardamos muito os nossos e acostumamos a falar dos problemas dos outros...
Tentei inutilmente conter meu "dilúvio lagrimal" .O médico me estendeu um lençinho. Achei aquilo tão singelo que me emocionei e chorei mais ainda.
Que coisa!Por que é tão difícil falar dos nossos problemas sem chorar tanto? Será que é auto-piedade? Que nada. Acho que é porque nós guardamos muito os nossos e acostumamos a falar dos problemas dos outros...
Enfim, descarreguei e recarreguei. Sensacional.
No final da consulta quis dar um abração no médico, mas me contive e só agradeci muito,como uma pessoa normal.
Antes de sair, respirei fundo e me preparei para enfrentar o mundo lá fora, de rosto inchado e tudo mais. E daí se as outras pessoas na sala de espera me olhassem esquisito?Quem nunca se debulhou em lágrimas na terapia ou coisa parecida que atire o primeiro lenço. Mas o que eu não esperava era que iria ter de aturar esses olhares por mais tempo do que pretendia: lá fora o céu estava desabando de chover...(parecia até que São Pedro tinha acabado de ter uma catarse também)
e eu sem sombrinha.
O que fazer?
Esperei.