quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Antena parabólica

Que bom que não é preciso dormir para sonhar.Podemos sonhar acordados e sem ninguém perceber. Em apenas segundos, visitamos lugares e pessoas, reais ou não, e até imaginamos cenas mirabolantes dignas de um filme de ficção.

Quando eu era mais nova, isso que muita gente chama de "viajar", acontecia com frequência, principalmente durante as aulas de ciências exatas, justamente aquelas que eu tinha mais dificuldade de entender...Uns interpretam como fuga, outros como "déficit de atenção", e por aí vai.Porém pra mim isso não tem um nome certo. Eu sinto que é uma coisa com a qual nasci, e que quando acontece nas horas certas, me permite refletir, ter uma visão muito mais ampliada da vida e das situações. E é fundamental para exercitar a criatividade, inclusive foi em muitos desses momentos que eu compus versos e músicas.

Ao longo do tempo fui aprendendo a conviver com meu mundo imaginário no mundo, aprendendo a controlar essa "coisa" ao meu favor e a escapar dela quando ela me tira a atenção de algo importante. Mas confesso que em certos momentos é difícil não se deixar levar pela avalanche de ideias e imagens que invadem a minha cabeça. Seja bom ou ruim, isso faz parte de mim e do que sou. Vou convivendo com isso, tentando equilibrar o lado cabeça-nas-nuvens com o lado pé-no-chão, porque desconfio que o sentido da vida é mais ou menos por aí, "nem tanto ao mar, nem tanto ao ar", em tudo.