sexta-feira, 5 de abril de 2013

Mais sobre o tempo*

Mexendo em caixas de recordações, encontrei uns diários antigos. Na verdade a ideia era fazer uma faxina, exercitar o desapego, porque já não está cabendo tanta recordação no meu quarto, porque eu acredito nessas coisas de fluidez de energia e porque achei uma traça (eca) no meio dos guardados, se deliciando com um recorte de revista já amarelado. Bom, voltando aos diários, finalmente consegui jogar mais da metade fora, mas folheando um deles encontrei um poema sobre o tempo, que eu devo ter escrito com uns 12 ou 13 anos  e resolvi compartilhar:

O tempo, para a criança, é um amigo de infância.
O tempo, para o doente, é esperança.
O tempo, para o idoso, é uma lembrança.
O tempo, para o jovem, é sempre presente.
Mas se o tempo corre para o adulto, a cabeça fica quente.

O tempo da criança passa nas brincadeiras de infância.
Com o tempo, o doente adquire força e esperança.
No tempo, o idoso enterra a lembrança.
O jovem não sabe que seu tempo é um presente.
O adulto corre o tempo, corre do tempo e não o sente.

*Como se vê, gosto de filosofar sobre o tempo. Abaixo, mais postagens sobre o mesmo tema:
Mano velho
É essa a idéia